Era 
          uma Vez homenageia São Francisco de Assis 
        Pelo 
          terceiro ano consecutivo a Cia de Teatro Era uma Vez homenageou no dia 
          quatro de outubro o Dia de São Francisco de Assis com o espetáculo 
          "O Pobre de Deus".  
           
          O espetáculo foi apresentado na igreja do Valongo após 
          a missa das 19 horas, fazendo com que os fieis revivam a história 
          de um homem que renunciou os bens materiais para seguir a vida religiosa. 
           
          A história de São Francisco é encenada através 
          de cenas que retratam sua juventude, a guerra contra Perugia, a conversão, 
          os seus ensinamentos e seus seguidores. 
           
          O espetáculo foi criado baseando em um grande trabalho de pesquisa 
          e estudo orientado pelo reitor do Santuário Santo Antônio 
          do Valongo - Frei Rosantimo, servindo de base para a concepção 
          da dramartugia. 
           
          História - São Francisco de Assis nasceu na cidade de 
          Assis, na Itália, em 1181. Filho de um rico comerciante de tecidos, 
          Francisco Bernardone, nome de batismo, tirou todos os proveitos de sua 
          condição social vivendo entre os amigos boêmios. 
          Tentou como o pai seguir a carreira de comerciante, mas a tentativa 
          foi em vão.  
           
          Sonhou então, com as honras militares. Aos vinte anos, alistou-se 
          no exército de Gualtieri de Brienne que combatia pelo papa, mas 
          em Spoleto teve um sonho revelador.  
           
          Foi convidado a trabalhar para "o Patrão e não para 
          o servo". Suas revelações não parariam por 
          aí. Em Assis, o santo dedicou-se ao serviço de doentes 
          e pobres. Um dia do outono de 1205, enquanto rezava na igrejinha de 
          São Damião, ouviu a imagem de Cristo lhe dizer: "Francisco, 
          restaure minha casa decadente". 
         
          O chamado ainda pouco claro para São Francisco foi tomado no 
          sentido literal, e o santo vendeu as mercadorias da loja do pai para 
          restaurar a igrejinha. Como resultado, o pai de São Francisco, 
          indignado com o ocorrido, deserdou-o. 
           
          Com a renúncia definitiva aos bens materiais paternos, São 
          Francisco deu início à sua vida religiosa, "unindo-se 
          à Irmã Pobreza". Fundou a Ordem dos Frades Menores, 
          que em poucos anos se transformou numa das maiores da Cristandade. Fundou, 
          com Clara de Assis, o ramo feminino da mesma Ordem. Para os leigos que 
          viviam no mundo, mas desejavam ser fiéis ao espírito de 
          pobreza e participar das graças e privilégios da espiritualidade 
          franciscana, fundou a Ordem Terceira.  
           
          A devoção a Deus não se resumiria em sacrifícios, 
          mas também em dores e chagas. Enquanto pregava no Monte Alverne, 
          nos Apeninos, em 1224, apareceram-lhe no corpo as cinco chagas de Cristo, 
          no fenômeno denominado "estigmatização". 
          Os estigmas não só lhe apareceram no corpo, como foram 
          sua grande fonte de fraqueza física e, dois anos após 
          o fenômeno, São Francisco de Assis foi chamado ao Reino 
          dos Céus.  
           
          O amor de Francisco tem um sentido profundamente universalista. Ninguém 
          como ele irmanou-se tanto com todo o universo: foi irmão do sol, 
          da água, das estrelas, das aves e dos animais. O "Cântico 
          ao Sol", em que proclama seu amor a tudo que existe, é uma 
          das mais lindas páginas da poesia cristã. Canonizado em 
          1228 por Gregório IX, sua festa é celebrada a 4 de outubro. 
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